Memórias sobre carris

Cerca de 36 mil peças contam a história do caminho-de-ferro em Portugal neste museu situado na cidade do Entroncamento. São mais de 160 anos recordados através de locomotivas, carruagens, fotografias, plataformas multimédia e muitos outros objetos, distribuídos por um vasto complexo com quase cinco hectares e dezenas de linhas férreas. Suba a bordo e entre numa viagem que começa a vapor e termina em alta velocidade.

Não é por acaso que o Museu Nacional Ferroviário tem morada no Entroncamento. A “Cidade Ferroviária”, como gosta de ser conhecida, nasceu e cresceu à volta dos comboios e nunca escondeu a ambição de servir de fiel depositária às relíquias deste vasto universo. Foi preciso esperar mais de meio século mas em 2015 esta localidade ribatejana ganhou finalmente a sua joia da coroa. O espaço está distribuído por várias áreas, a começar pelo antigo Armazém de Víveres (espécie de supermercado para ferroviários) que agora acolhe a receção e a primeira parte da exposição permanente. Aqui, os visitantes encontram, por exemplo, a primeira máquina a vapor em Portugal (uma pequena locomotiva oferecida no início do século XIX à casa real portuguesa) ou as memórias da primeira viagem de comboio no nosso país, que ligou Lisboa ao Carregado em 1856.

Segue-se uma visita à icónica Rotunda das Locomotivas, um edifício aberto em forma de semicírculo que guarda várias máquinas antigas, algumas ainda do século XIX. Já os principais ex-líbris do museu estão expostos entre paredes, numa grande nave com dezenas de máquinas e carruagens. São eles o Comboio Real, o único completo na Europa, e o Comboio Presidencial, que começou por servir o Rei e depois passou a ser utilizado pelos chefes de Estado, ganhando a atual designação. Quem o vê agora, totalmente restaurado e pronto a circular, dificilmente imagina o estado de degradação em que já esteve.
Enquanto museu vivo, o espaço também organiza várias atividades e iniciativas originais, como passeios em quadriciclos (as crianças adoram) e exibições de cinema em carruagens antigas. Até julho de 2017, a mais recente exposição temporária - “Batalhão de Sapadores dos Caminhos de Ferro: Memória da Grande Guerra” – oferece ainda uma perspetiva invulgar da presença portuguesa na 1ª Guerra Mundial.

Uma boa forma de chegar ao museu é utilizando precisamente o comboio (até há um bilhete integrado com a CP) mas se preferir o automóvel não se esqueça de conduzir com a máxima segurança e proteção, um dos lemas do N Auto da N Seguros. Conheça-o aqui.


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