Museu dos Lanifícios

Cidade de montanha, porta de entrada na Serra da Estrela, a história da Covilhã é indissociável da evolução da indústria dos lanifícios em Portugal.
Foi aqui que o Marquês de Pombal instalou as primeiras fábricas de lanifícios do país, graças à abundância de linhas de água que desciam da montanha e garantiam a força motriz.
Até meados do séc. XX os lanifícios foram a principal produção local. A Lã e a Neve (1947), de Ferreira de Castro, é um romance que traça um curioso e fiel retrato da época.
Gerido pela Universidade da Beira Interior (UBI), o Museu de Lanifícios é considerado um dos melhores museus da Europa nesta área e foi distinguido como O Melhor Museu Português (1999-2001).
É constituído por três núcleos: Real Fábrica de Panos (integrado na UBI), Real Fábrica da Veiga (núcleo sede) e Râmolas de Sol (núcleo ao ar livre).
Na Real Fábrica de Panos, fundada em 1764, é possível observar a Tinturaria dos Panos de Lã, o Tanque de Água, a Tinturaria das Lãs em Meada, o Corredor das Fornalhas e Tinturaria das Dornas.
O núcleo da Real Fábrica da Veiga, edifício histórico em cantaria de granito, foi oficialmente inaugurado em Maio de 2011. Alberga a sede do Museu e o Centro de Documentação / Arquivo-Histórico.
O novo núcleo funciona como Centro de Interpretação dos Lanifícios e mostra a evolução tecnológica ao longo dos séculos XIX e XX, reunindo um significativo espólio fabril.
Junto à Ribeira da Carpinteira, encontra-se o núcleo de ar livre Râmolas de Sol, inaugurado em 1998 com o objectivo de salvaguardar o conjunto, composto pelas râmolas e por um estendedouro de lãs.
A Real Fábrica Veiga integra uma cafetaria / restaurante com esplanada. Há a possibilidade de visitas guiadas e em ambos os núcleos os visitantes têm à sua disposição uma loja.
Conheça o roteiro sobre a Rota da Lã TRANSLANA, um projecto em parceria com Espanha, sobre as rotas peninsulares da lã e as vias da transumância na Beira Interior e da Extremadura espanhola.
O que não falta, por certo, ao Museu de Lanifícios é ponta por onde se lhe pegue. E com tantos percursos expositivos e curiosidades para descobrir, aqui ninguém perde o fio à meada!

Um novelo de histórias por desenredar

Céu Coutinho 2012-01-18

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